quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

CATI disponibiliza sistema DCAA e aquicultores já podem contar com facilidades na regularização da atividade


São Paulo (SP) - O dia 17 de fevereiro era muito esperado por aqueles que se dedicam à aquicultura, como piscicultores, ranicultores e criadores dos mais variados animais aquáticos como mariscos, ostras, algas, entre outros. É que nesta data a Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) do Estado de São Paulo, por meio da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), passou a disponibilizar no site da instituição o formulário para a Declaração de Conformidade da Atividade Aquícola (DCAA). Agora, aqueles que tem uma dessas atividades previstas já podem fazer a declaração. A medida integra as ações do Programa de Modernização e Desburocratização da Agricultura - Agrofácil SP, lançado no último dia 20, e que pretende facilitar os procedimentos para a execução das atividades agropecuárias pelos produtores rurais.

“A DCAA é autodeclaratória, portanto o interessado, seja proprietário ou arrendatário, deve abrir o link, preencher a Declaração, inserindo todos os dados solicitados e ir à Casa da Agricultura do seu município ou à Regional CATI à qual o município esteja vinculado”, explica o zootecnista Francisco Rodrigo Martins, assessor técnico e responsável na CATI por atender a essa demanda.

O coordenador da CATI, João Brunelli Júnior, explica que esse “foi um ganho” para os aquicultores e o Estado de São Paulo é pioneiro em facilitar o licenciamento da atividade para aqueles que produzem em menor escala. Brunelli explica que a Declaração não dispensa o produtor de todas as outras obrigações, o que abrange tirar todas as licenças necessárias, outorga da água, licença para exercer a atividade em água da União, entre outras. “O produtor deve estar atento a tudo isso para não incorrer em erros que podem prejudicar a sua licença e até acarretar multas”, afirma Brunelli.

“O licenciamento foi dividido em três níveis conforme a escala de produção. O primeiro é a DCAA, este ato declaratório agora disponibilizado pela CATI. A seguir, ultrapassando as escalas determinadas para cada atividade em específico, e que podem ser encontradas no próprio link, vem o Licenciamento Simplificado e, para escalas maiores de produção em quaisquer das atividades, o Licenciamento Pleno; estes dois últimos devem ser feitos junto à Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb)”, explica Francisco Martins.

Segundo o técnico da CATI, esta era uma antiga reivindicação dos aquicultores porque a Declaração de Conformidade já existia para várias atividades agropecuárias, como produção de milho, soja, entre outras, de forma adequada, mas para a aquicultura faltavam adequações ou ainda havia todo um trâmite burocrático que fazia com que o licenciamento da atividade se tornasse muito demorado. “Agora, tendo a DCAA preenchida, o produtor, proprietário ou arrendatário deve comparecer à Casa da Agricultura ou a qualquer Escritório Regional (CATI Regional) levando carteira de identidade, o Cadastro de Pessoa Física (CPF), a escritura da propriedade ou o contrato de arrendamento, conforme for o caso.

O coordenador da CATI e Francisco Martins acreditam que essa medida facilitadora poderá impulsionar a atividade e agilizar os trâmites para que os pequenos possam trabalhar de forma segura e cumprindo a legislação. O Decreto que possibilitou essas alterações foi assinado pelo governador Geraldo Alckmin em novembro de 2016 e as Resoluções e a Portaria que o Decreto exigiu em novembro e dezembro de 2016. Mais informações podem ser obtidas em qualquer unidade da CATI em todo o Estado.

sábado, 18 de fevereiro de 2017

Governo de MT determina liberação de R$ 900 mil para produção de Pirarucu

A região do Vale do Araguaia em Mato Grosso irá receber R$ 900 mil para fomentar a cadeia produtiva do Pirarucu. O montante será investido, por meio do programa Pró-Pirarucu, em capacitação, assistência técnica e abertura de tanques escavados

Cultivo de Pirarucu. Foto: www.sfagro.uol.com.br. 

Mato Grosso (MT) - A liberação de R$ 900 mil para fomentar a cadeia produtiva do Pirarucu na região do Vale do Araguaia foi determinada pelo governador do Mato Grosso no inicio do mês de fevereiro (01/02). O programa envolve os municípios de São Félix do Araguaia, Alto Boa Vista, Novo Santo Antônio, Luciara, Serra Nova Dourada e Canabrava do Norte.

O programa de fomento a cadeia produtiva do Pirarucu tem como intuito difundir tecnologias e práticas de manejo para a criação do peixe em cativeiro e conservação da espécie em seu habitat.
Conforme o Governo de Mato Grosso, após o projeto piloto, Unidades de Referência Tecnológica (URTs) serão instaladas para capacitação de piscicultores, técnicos, formação de mão de obra e divulgação da atividade em todo o Estado.
“O Pirarucu é um peixe nativo do Vale do Araguaia, contudo tem uma pesca esportiva predatória e a quantidade de peixe existente não é suficiente para manter o desenvolvimento econômico da região”, pontua o secretário de Estado de Agricultura Familiar e Assuntos Fundiários, Suelme Evangelista Fernandes.
Suelme Fernandes destaca que a alternativa encontrada é a criação da espécie em cativeiro, com a estruturação de dois laboratórios para a captura de alevinos.
“Existe um laboratório que não está completamente estruturado e nós vamos investir R$ 900 mil entre capacitação, assistência técnica e abertura de tanques escavados”, ressalta.
O secretário de Agricultura Familiar observa que a produção de alevinos irá sanar de imediato o problema principal da cadeia produtiva, porém mais adiante será preciso "enfrentar a ausência de um frigorífico porque a carne está saindo in natura, do jeito que é pescada para o mercado no gelo”.

Peixe com chip
O Governo de Mato Grosso afirma que a proposta é totalmente voltada à sustentabilidade ambiental em decorrência à pesca esportiva e à situação de extinção do Pirarucu.
"Cada peixe criado em cativeiro vai ter um chip para identificar a sequência dele para evitar que a fiscalização ache que isso é pesca predatória. Estivemos em Rondônia com a Embrapa conhecendo criação em tanque rede, e técnicos deste governo também foram ao Amazonas para buscar experiências e realizar o projeto", diz Fernandes.
De acordo com o técnico da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), João Vechi, “A ideia do projeto piloto no Araguaia é estruturar uma unidade de reprodução de alevinos já existente na associação dos pequenos produtores Mãe Maria em São Félix do Araguaia por meio de cooperação técnica entre Prefeituras da região, Seaf e Empaer”.


Boas Práticas de Manejo em Aquicultura atendem ao Código Florestal

Publicação da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) indica conjunto de Boas Práticas de Manejo (BPM) para a produção de peixes em tanques-rede que atende as regulamentações da Lei 12.651, conhecida como Novo Código Florestal



Publicação da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) indica conjunto de Boas Práticas de Manejo (BPM) para a produção de peixes em tanques-rede que atende as regulamentações da Lei 12.651, conhecida como Novo Código Florestal. O Código dispõe sobre a proteção da vegetação nativa, a adoção de boas práticas agrícolas, como por exemplo, na prevenção dos processos erosivos do solo nas áreas de preservação permanente, de proteção ambiental e da preservação dos recursos hídricos.
Atualmente, a produção de peixes em tanques-rede é praticada em vários reservatórios e pequenos açudes distribuídos em todo o território nacional. Nesse panorama, é comum observar vários projetos conduzidos de forma competitiva e sustentável. Entretanto, ainda há muito que se fazer para atingir o potencial produtivo ideal. Para isso, é preciso unir estas iniciativas com os esforços de todos os envolvidos de modo a conciliar a produção e a preservação dos recursos hídricos a partir do desenvolvimento e adoção de BPM.
Muitos procedimentos para garantir a melhoria dos índices econômicos e ambientais estão validados e disponíveis. Assim, a principal questão a ser respondida é porque muitos piscicultores ainda não adotam BPM e as aplicam corretamente. O pesquisador Julio Queiroz, da Embrapa Meio Ambiente, acredita que a resposta pode ser a dificuldade encontrada para identificar, selecionar e aplicar as melhores BPM na solução de um problema em particular. “Certamente, existe uma série de recomendações para superar os problemas relacionados com a escolha do local, com a qualidade da água, com o manejo alimentar e a prevenção de doenças”.
Conforme o pesquisador, existem várias maneiras para selecionar as BPM mais adequadas. Erros comuns ainda são recorrentes e vêm comprometendo a competitividade e a sustentabilidade do setor. É comum observar sistemas de produção considerados como exemplos de “tecnologia e eficiência”, onde foram feitos investimentos em grande escala associados ao uso de tecnologias sofisticadas sem, no entanto, obter resultados positivos.
Um olhar mais atento irá demonstrar que as principais razões para essas falhas estão fortemente relacionadas com a falta da adoção de BPM. Parece que a ideia principal é sempre produzir mais. O que realmente importa é concentrar esforços no sentido de buscar a redução dos custos de produção, associados ao aumento dos benefícios econômicos, sociais e ambientais.
Nos grandes reservatórios, os peixes estão sujeitos a vários impactos causados não só pelas condições naturais, como também pelas mudanças climáticas, hidrodinâmica do local e alterações bruscas na qualidade da água e, ainda, por outros fatores externos como o aporte de matéria orgânica e, por vezes, de poluentes transportados pelo escoamento superficial após chuvas intensas.
Com a qualidade da água prejudicada, há redução da produtividade. Uma das soluções para evitar o aporte de sedimentos, matéria orgânica e poluentes no interior dos reservatórios é manter uma cobertura vegetal mais densa e adequada ou construir, na medida do possível, uma pequena valeta para desviar o fluxo da água para longe das margens dos reservatórios.
A hidrodinâmica do reservatório é importante porque a distribuição de oxigênio dissolvido e a maneira como os resíduos e substancias contaminantes são transportadas e diluídas é determinada pela direção e velocidade das correntes da água. Outro ponto impactante é a forma do reservatório e a sua profundidade. Nos locais com pouca circulação de água, normalmente, ocorre um acumulo detritos e sólidos em suspensão na superfície da água que irão precipitar e se acumular no fundo, resultando no aumento da demanda de oxigênio dissolvido, especialmente em locais onde a coluna da água não é muito profunda.
Por outro lado, onde a profundidade é muito alta pode ocorrer grande mortalidade de peixes causada pela desestratificação da coluna de água. É importante observar que os tanques-rede devem ser instalados não muito distantes das margens para facilitar o acesso, estar distantes o suficiente para permitir a passagem de barcos e protegidos da ação de ventos fortes.
Além disso, há os impactos provocados por fontes de poluição difusas resultantes do uso de agrotóxicos aplicados em sistemas de agricultura intensiva, além da drenagem de efluentes domésticos e industriais.
As alterações climáticas também podem causar uma série de impactos. Portanto, para o desenvolvimento de estratégias de adaptação para o setor produtivo, é essencial entender esses impactos, os seus percursos, a sua variabilidade e seus riscos. Dentre as BPM apontadas pela FAO, destacam-se o zoneamento da aquicultura para minimizar os riscos para os novos empreendimentos e deslocamento para áreas menos expostas; estratégias para melhorar o monitoramento da saúde dos peixes, aumentar a eficiência do uso e reciclagem da água e aquaponia aumento da eficiência alimentar para reduzir a pressão e a dependência de recursos alimentares; desenvolvimento de estoque de alevinos e pós- larvas melhor adaptadas, procedimentos de larvicultura mais confiáveis para facilitar o crescimento em condições mais estressantes e facilitar a reabilitação da produção após desastres; melhoria dos sistemas de alerta precoce; reforço e aprimoramento dos equipamentos e unidades de cultivo, incluindo estruturas com melhor retenção, como por exemplo, tanques-rede mais resistentes e com profundidade ajustável para flutuação de acordo com a variação dos níveis da água, viveiros mais profundos, além de melhoria dos métodos de despesca e agregação de valor.
A alimentação representa mais de 50% dos custos totais. Os restos de ração não consumida, somada aos dejetos causam uma série de alterações na qualidade da água, no equilíbrio ecológico dos reservatórios e também na área de influência.
Outro ponto de destaque é a temperatura da água, que nos grandes reservatórios pode sofrer variações em função da ocorrência de frentes frias e dias nublados, durante os quais a redução da atividade fotossintética poderá diminuir a concentração de oxigênio dissolvido, e, em muitos casos, promover a mortalidade em massa das microalgas.
Outro fator é o resfriamento noturno, que diminui a temperatura da água superficial, ocasionando a estratificação da coluna da água. Além das estações do ano, os ventos, as calmarias, as chuvas e os sólidos em suspensão. O importante é selecionar uma espécie de peixe que já esteja bem adaptada ao clima local.
A concentração de oxigênio dissolvido é a variável mais crítica para os sistemas de produção em grandes reservatórios e está diretamente relacionada ao manejo e à alimentação. Antes de estocar os peixes é preciso determinar a quantidade de oxigênio dissolvido que será consumida para assegurar a sobrevivência e o crescimento satisfatório dos peixes.
Aponta-se que as causas mais comuns de estresse estão diretamente relacionadas com a composição da ração e com a sua capacidade de satisfazer as exigências nutricionais das diferentes espécies, sendo que o uso de rações de baixa qualidade aumenta as chances de ocorrência de doenças e mortalidade. Além da utilização de densidades de peixes muito elevadas.
Algumas BPM são fundamentais - controle da erosão e do aporte de sedimentos, adoção de boas práticas de conservação do solo e preservação da cobertura vegetal, proteção das margens, construção de terraços ou valetas para desviar o excesso de escoamento superficial, manutenção de um tempo mínimo de retenção hidráulica, drenagem periódica dos viveiros e/ou pequenos reservatórios rurais e manter o gado longe dos reservatórios.
Boas práticas para redução da carga orgânica - usar ração peletizada, estrusada e com concentrações adequadas de nutrientes, monitorar a temperatura da água e selecionar quais são as variáveis de qualidade de água que afetam o consumo de ração. Temperaturas altas associadas a valores de pH altos resultam em um alto percentual de amônia não ionizada que pode estressar os peixes, reduzir o apetite e, ainda, a sua habilidade de converter a ração consumida em ganho de peso e crescimento; reduzir a quantidade quando há acumulo de ração na água. No caso de distribuição manual, observar o comportamento dos peixes para evitar alimentar os peixes em excesso, reservar um espaço ventilado, seco e protegido de roedores para estocar a ração, que deve ser consumida antes do vencimento da data de validade.
Conservação dos recursos hídricos - usar poucas fontes de água para abastecimento, para assegurar um controle melhor e mais eficiente da quantidade e da qualidade da água; reservar uma área para tratamento de esgoto e resíduos de animais; evitar o armazenamento de produtos químicos como fertilizantes, agroquímicos e combustíveis perto dos reservatórios, evitar a construção de novos viveiros e reservatórios em áreas de drenagem nas bacias hidrográficas já impactadas com loteamentos de casas e atividades industriais ou agrícolas, e também a construção de reservatórios onde o solo tenha um teor muito baixo ou excessivo de argila. Solos com baixo teor de argila apresentam alta infiltração e solos com alto teor, apesar de terem boa compactação, não são indicados para a construção de diques e taludes devido a sua instabilidade, além de reduzir a frequência das trocas de água, o que também reduz o potencial de poluição e os custos com bombeamento.
Algumas BPM indicadas são resultantes de vários projetos de pesquisa conduzidos pela Embrapa Meio Ambiente em parceria com a Auburn University, EUA, com algumas Unidades da Embrapa e outras instituições de fomento, ensino e pesquisa, tais como a FINEP, CNPq, e APTA – Polo Regional do Leste Paulista.



Título: Boas práticas de manejo para piscicultura em tanques-rede.
Referência: QUEIROZ, J. F. de; ROTTA, M. A. 2016. Boas práticas de manejo para piscicultura em tanques-rede. Embrapa Meio Ambiente. Circular Técnica 26. Jaguariúna, SP. 10 pp.
ISSN: 1516-4683.

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Sedap discute parceria com a Ufra para projeto de produção de peixes marinhos em cativeiro

Convênio entre SEDAP e UFRA para implantação de projeto de produção de peixes marinhos em Curuperé.

Pará (PA) - Uma parceria entre a Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap) e a Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) pode transformar o Pará em um centro de referência nacional para a produção de peixes marinhos em cativeiro, em especial a pescada amarela. Em reunião no dia 02/02, o secretário Giovanni Queiroz discutiu as bases preliminares da parceria com a professora Rosália Souza, da UFRA, e com os representantes da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (FAEPA), Alfonso Rios e Laire Figueiredo Filho.


Durante a reunião, a Profa. Rosália Souza, da UFRA, apresentou ao secretário o projeto Piscimar, que prevê o uso das instalações da Estação de Aquicultura Marinha de Curuperé, em Curuçá, que pertence ao Estado, para implantação de um centro de desenvolvimento de tecnologia para produção de peixes marinhos no Pará, administrado pela universidade.

O projeto Piscimar estabelece a criação de estruturas de produção, captura, reprodução, larvicultura, engorda e comercialização de peixes marinhos que irão beneficiar as comunidades costeiras do Pará, gerando renda e ocupação nos municípios.

De acordo com a Professora, a ideia inicial é desenvolver tecnologias de manejo e produção para a pescada amarela, por ser um peixe de grande aceitação comercial, melhor aproveitamento de filé e maior taxa de crescimento, além de ser uma espécie ameaçada pela sobrepesca, o que levou a sua inclusão na lista de espécies ameaçadas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), mas o projeto vai desenvolver tecnologia para outras espécies também, como o pargo, o camurim e o beijupirá.

O secretário Giovanni Queiroz demonstrou muito interesse na parceria. “O projeto da Universidade Federal Rural, precisa de instalações para ser desenvolvido e nós, com certeza, vamos ceder parte daquela estrutura em Curuçá para que ali possa se desenvolver esta pesquisa tão importante para a produção do peixe marinho aqui no Estado do Pará. E queremos ser referência nacional, não só na produção da pescada amarela, mas também de outras espécies marinhas”, afirmou.


quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Livro "Políticas Públicas de Desenvolvimento Rural no Brasil" (2015) disponível para download gratuito



O livro "Políticas Públicas de Desenvolvimento Rural no Brasil" (2015), com organização dos professores Catia Grisa e Sergio Schneider, está disponível para download gratuito na sua versão integral. 

O livro tem como objetivo proporcionar um panorama do conjunto das políticas públicas que atualmente incidem sobre o meio rural brasileiro e repercutem na dinâmica econômica e social do país e nas diversas e complexas realidades regionais.
Fonte: www.ufrgs.br.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

I Simpósio de Aquicultura e Recursos Pesqueiros


Evento: I Simpósio de Aquicultura e Recursos Pesqueiros.

Tema: “Pescando ideias para o desenvolvimento sustentável no semiárido”.

Data: 15 a 19 de maio de 2017.

Local: Serra Talhada – PE.


Apresentação

Serra Talhada é um município brasileiro do estado de Pernambuco, da região Nordeste. Localizado a 415 km da capital pernambucana, Recife. Sua população é estimada em 100 mil habitantes, constituindo a principal cidade da Mesorregião do Sertão Pernambucano e a segunda maior cidade desta região, menor apenas que Petrolina. Encontra-se inserida nos domínios da Bacia Hidrográfica do Rio Pajeú, com a presença de diversos corpos d’água em seus entornos (os açudes Serrinha II – 311.000.000m³, Saco I – 36.000.000 m³, Cachoeira II – 21.031.145m³, Jazigo – 15.543.300m³). Em seus municípios vizinhos é um mercado promissor para o cultivo de peixes de água doce, com consumo mensal estimado aproximadamente em 5 toneladas de pescado (peixes e camarões).

Atendendo a política do Governo Federal de interiorização das universidades federais, foi criada na Universidade Federal Rural de Pernambuco– UFRPE a Unidade Acadêmica de Serra Talhada – UAST, em 16 de outubro de 2006. O curso de Engenharia de Pesca da UAST tem organizado diversos eventos técnico-científicos ao longo dos anos, tais como: Simpósio de Engenharia de Pesca (2007), Mostra de Trabalhos Científicos (2009), Semana de Engenharia de Pesca (2010 a 2016), Semana do Peixe (2010), Criação do Museu de Oceanografia (2011), Seminário de Extensão Pesqueira (2012) e o Encontro Nacional dos Estudantes de Engenharia de Pesca (2016), todos com a participação efetiva dos alunos, na organização, monitoria e palestras. Além dos eventos mencionados, o curso conta com o Programa de Educação Tutorial – PET, onde são promovidas diversas atividades nas linhas de ensino, pesquisa e extensão, tais como: workshops, minicursos, palestras, oficinas, semana de integração aos alunos ingressantes, entre outras.


Para maiores informações acesse o site oficial do evento: www.simpaq.wordpress.com.

Guia de Implantação das normas brasileiras da aquicultura


Este Guia tem como objetivo orientar os produtores e técnicos na implementação de ações que visem o atendimento dos requisitos e orientações contidos nas Normas Técnicas voltadas ao setor de aquicultura e, dessa maneira, aplicá-los de forma adequada.

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Título: Guia de Implantação das normas brasileiras da aquicultura.

Referência: Associação Brasileira de Normas Técnicas. Guia de Implantação das normas brasileiras da aquicultura [recurso eletrônico]. Associação Brasileira de Normas Técnicas, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. – Rio de Janeiro: ABNT; Sebrae, 2016. 64 p.

ISBN: 978-85-07-06097-0.

Download: 1° opção - MEGA -  2° opção - Dropbox.


Para download de outros livros, acesse: Download de Livros.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Potencial temos sobrando!

Empreendedorismo é a iniciativa de se criar novas oportunidades de negócio, sendo assim a base para empreender sustentada na boa ideia e na coragem de implementá-la. Novas empresas favorecem o empreendedorismo, mas grandes ideias foram responsáveis por transformar pequenos negócios ao redor do mundo nas maiores empresas do planeta.

A Aquicultura no Brasil atrai muito os empreendedores devido à paixão do brasileiro pelo pescado e nos últimos anos por nosso setor apresentar ótimas condições como futura fonte de renda. Essas condições favoráveis levam então ao empreendedorismo aquícola, que guarda surpresas àqueles que não estudaram o setor e não se prepararam para o que vem a seguir.

No mundo dos negócios a matemática é uma das ferramentas mais importantes e pode ser utilizada para avaliar, fazer e refazer as contas daquilo que sempre é o objetivo, ou seja, o lucro. Na aquicultura brasileira possuímos algumas variáveis que ao mesmo tempo que dificultam um pouco o uso da matemática, tornam o setor ainda mais atrativo e apaixonante.

Seria um erro dizer que o maior PIB de carnes do mundo pode ser um desastre quando falamos de Brasil, trata-se do país com maior potencial hídrico do planeta, falamos do celeiro do mundo e temos vocação para o agronegócio mas, conhecendo o setor podemos avaliar que as chances de grande sucesso são as mesmas do fatal fracasso. Isso porque estamos tratando de um setor que mesmo não sendo novo, está em formação e apresenta diversos problemas em relação ao cenário geral do país. 

A aquicultura brasileira passa hoje pela formação de seu arcabouço legal e, portanto, apresenta dificuldades do ponto de vista de regularização, tributos, cadeia de suprimentos, etc. Além disso, nossos consumidores sequer nos conhecem como deveriam e de forma errônea ainda nos chamam de “pesca” e assim deixam de conhecer nossos maiores diferenciais.

É sábio então dizer que empreendedorismo aquícola mistura o que temos de melhor no ser humano: senso de oportunidade, paixão e arrojo, trazendo ao empreendedor um sentimento inigualável quando seu negócio vai em frente e alcança os objetivos projetados. 

Portanto, como matemática não inclui os riscos e as oportunidades, o empreendedorismo aquícola se configura hoje como umas das sensações brasileiras no mundo dos negócios e pode nos levar a sermos um dos maiores e mais importantes produtores de pescado do planeta, com sustentabilidade nunca antes vista.

Bons negócios a todos!

Por ANDRÉ CAMARGO (Zootecnista, Pós-graduado em Gestão Agroindistrial pela UFLA, Mestre em Aquicultura pelo Caunesp e Sócio fundador da Escama Forte).