terça-feira, 31 de maio de 2016

Maré vermelha no sul do Chile está recuando, dizem cientistas

Enfraquecimento do El Niño estaria contribuindo para redução de algas.
Milhares de animais já morreram e consumo de frutos do mar foi proibido.


A maré vermelha que há dois meses contamina a costa do sul do Chile e que provocou a morte de milhares de animais de diferentes espécies marinhas está desaparecendo - de acordo com um estudo realizado por um grupo de cientistas e divulgado pela Marinha chilena nesta segunda-feira (30/05).

A pesquisa começou na quinta-feira passada a bordo de um barco da Marinha chilena, no qual os cientistas percorreram a costa da região de Los Lagos e da ilha de Chiloé, mais de 1.000 km ao sul de Santiago.

"Podemos concluir, a meu ver, que o fenômeno da maré vermelha está recuando, após as primeiras análises das amostras retiradas do mar na zona de Chiloé", afirmou Laura Farías, membro da equipe de 14 cientistas formada pelo governo para pesquisar o fenômeno.
Os pesquisadores coletaram amostras em 15 pontos do litoral para estimar a abundância e distribuição das algas.

A maré vermelha é um fenômeno natural que consiste na proliferação de microalgas tóxicas que são consumidas por moluscos. Sua redução atual estaria relacionada ao recuo do fenômeno El Niño, que já foi associado por estudos ao encalhe de peixes no litoral chileno, segundo Farías.

Diante da maré vermelha, o governo emitiu um alerta sanitário em duas regiões do sul do país, por meio do qual proibiu a extração e o consumo de frutos do mar. A medida gerou protestos de pescadores locais, que bloquearam as rotas de acesso à ilha de Chiloé por quase três semanas.

Os pescadores alegam que a maré vermelha ocorreu devido à inserção de salmões contaminados no mar, teoria que foi rejeitada pela indústria local.



Reflexo no Brasil

A morte de milhões de peixes na costa chilena, entre fevereiro e março, foi a grande causa da elevação dos preços no Brasil e da queda na oferta mundial do produto. O Chile é o principal fornecedor para o país e não há opções viáveis para substituir o importador, segundo o presidente da Andip (Associação Nacional dos Distribuidores e Importadores de Pescados), Ivan Lásaro.

“O mercado de salmão no Brasil tem uma dependência do Chile pela proximidade e pelo custo no transporte e tributos. O outro fornecedor possível, a Noruega, tem um imposto de 10% de importação, além de frete aéreo, que torna o processo praticamente inviável”, explica Lásaro.

Fonte: hwww.g1.globo.com.

Corais da Grande Barreira morrem devido à descoloração, diz pesquisa

Pesquisa analisou por via aérea e submarina impacto da descoloração. 
Coral abriga 1.500 espécies de peixes e 4.000 variedades de moluscos. 


A descoloração causou a morte ou deixou a ponto disso 35% dos corais das regiões norte e centro da Grande Barreira na Austrália, o maior sistema de coral do mundo, segundo um relatório publicado nesta segunda-feira (30/05). 

Especialistas do Centro de Excelência de Estudos de Recifes Coralinos analisaram por via aérea e submarina o impacto da descoloração neste ecossistema que se estende ao longo de 2.300 quilômetros em frente ao litoral nordeste da Austrália

Os resultados indicaram que a parte mais afetada fica em frente ao litoral de Townsville e Papua Nova Guiné, enquanto na porção situada ao sul de Cairns, a média de mortalidade é de 5%. 

"Felizmente nossos estudos submarinos revelam que mais de 95% de recifes de corais ao sul de Cairns sobreviveram e esperamos que estes corais medianamente descolorados possam recuperar sua cor nos próximos meses", disse Mia Hoogenboom, da Universidade James Cook em comunicado. 

Os pesquisadores também descobriram que em Kimberley, ao norte de Cairns, 80% do coral foi severamente afetado pela perda de cor e pelo menos 1% morreu. 

O diretor do centro de estudos de recifes, Terry Hughes, indicou que "é a terceira vez em 18 anos que a Grande Barreira experimenta uma descoloração em massa devido ao aquecimento global e o desta vez é mais extremo que os que medimos antes". 

Hughes, da Universidade James Cook, explicou que os três eventos de descoloração de corais ocorrido nos últimos 18 anos coincidem com a elevação da temperatura em um grau centígrado acima da registrada no período pré-industrial. 

Os corais mantêm uma relação simbiótica especial com algumas algas microscópicas chamadas zooxanthallae, que proporcionam a seus anfitriões o oxigênio e uma porção dos compostos orgânicos que produzem através da fotossíntese. 

Quando são submetidos a estresse ambiental, muitos corais expulsam em massa seus zooxanthallae, e seus pólipos ficam sem pigmentação e aparecem quase transparentes, em um fenômeno conhecido como descoloração. 

A saúde da Grande Barreira, que abriga 400 tipos de coral, 1.500 espécies de peixes e 4.000 variedades de moluscos, começou a se deteriorar na década de 1990 pelo suplo impacto do aquecimento da água do mar e o aumento de sua acidez pela maior presença de dióxido de carbono na atmosfera. 


quarta-feira, 25 de maio de 2016

Governo do Estado desburocratiza outorga de direito de uso de recursos hídricos para o setor aquícola

Piscicultura. Foto: www.agenciapara.com.br.
Pará (PA) - O governo do Pará vem realizado ações para incentivar a produção aquícola do Estado. Na última sexta-feira, após uma série de reuniões entre técnicos da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap) e da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), foi definido um protocolo que desburocratiza a outorga de direito de uso da de recursos hídricos, atendendo a uma das principais reivindicações do setor aquícola.

A partir de agora os empreendimentos de aquicultura que apresentem acumulações de volumes de água de até 30 mil metros cúbicos por ano poderão ser dispensados de outorga de direito de uso de recursos hídricos, após análise da Semas, em um  procedimento muito menos burocrático.

Após análise e deferimento do pedido de outorga o aquicultor receberá a Declaração de Dispensa de Outorga, ficando isento do pagamento de taxa cobrada pela SEMAS.

Para maiores informações, confira abaixo a nota técnica da Diretoria de Desenvolvimento da Pesca e da Aquicultura da Sedap.


NOTA TÉCNICA SOBRE A DISPENSA DE OUTORGA

A SEDAP, por meio da Diretoria de Desenvolvimento de Pesca e Aquicultura – DIPAq/CDAQ vem informar que os EMPREENDIMENTOS DE AQUICULTURAque apresentem acumulações de volumes de água de até 30.000 m³ por ano poderão ser consideradas dispensadas de outorga de direito de uso de recursos hídricos após análise da Gerência de Outorga, Cobrança e Compensação – GEOUT/SEMAS. O procedimento para solicitação de dispensa de outorga está menos burocrático, consequentemente mais fácil.

Os novos protocolos (documentos) publicados pela SEMAS e que se encontram disponível no endereço eletrônico, https://www.semas.pa.gov.br/diretorias/recursos-hidricos/outorga/, consistem de:


a) Termo de Referência para Aquicultura;

b) Requerimento e Relatório Técnico Simplificado para Aquicultura;

c) Formulário F: Captação Superficial Aquicultura.

O Termo de Referência para Aquicultura informa que o volume máximo dispensado de outorga de recurso hídrico consiste de 30.000 m³/ano. O termo, também, cria o “Requerimento e Relatório Técnico Simplificado”, para solicitação formal da dispensa. Este documento, elaborado em formado de formulário apresenta as informações simples e mínimas, mas suficientemente necessárias para identificação do porte hídrico da aquicultura e para análise por parte da SEMAS.

Outro ponto importante constante no termo foi que as aquiculturas que apresentem volume acumulado de até 30.000 m³/ano não demandarão o preenchimento do Formulário D–referente aos lançamentos de efluentes, para isso, precisarão instalar no mínimo, um filtro mecânico.

O documento poderá ser preenchido pelo próprio aquicultor, e nesse caso, não há necessidade de emissão de Anotação de Responsabilidade Técnica – ART. Após análise e deferimento do pedido de outorga o aquicultor receberá a Declaração de Dispensa de Outorga, assim como ficará isento do pagamento de taxa cobrada pela SEMAS.

O pedido deverá ser protocolado no endereço do órgão, localizado na Tv. Lomas Valentinas, nº 2717, bairro do Marco, município de Belém. No momento do protocolo o aquicultor/empreendedor deverá levar os seguintes documentos:

1. Requerimento Padrão de Outorga, original e devidamente preenchido (link: http://seirh.sema.pa.gov.br/index.php/biblioteca/outorgacategoriadoc-1/formularios/24--13.html)

2. Cópia da licença ambiental (estadual ou municipal), ou protocolo de solicitação da licença ou da sua renovação, ou a declaração de dispensa de licença ambiental – DLA;

3. Cópia simples do Cadastro Nacional de Usuário de Recursos Hídricos – CNARH, disponibilizado para preenchimento online no site http://www.cnarh.ana.gov.br;

4. CPF (Cópia autenticada) e RG (Cópia autenticada) do requerente ou representante legal da empresa;

5. procuração, original ou cópia autenticada, devidamente preenchida e assinada, com firma reconhecida em cartório, nos casos de representação;

6. Requerimento e Relatório Técnico Simplificado (apresentando croqui - desenho simples - e registro fotográfico do corpo hídrico, incluindo o equipamento ou estrutura afim).

OUTORGA DE DIREITO DE USO DOS RECURSOS HÍDRICO PARA AQUICULTURA

Para os empreendimentos que apresentem volumes acumulados acima de 30.000 m³/ano, estes, deverão solicitar a Outorga de Direito de Uso dos Recursos Hídrico. O Termo de Referência para Aquicultura também defini a relação de informações necessárias para elaboração do “Relatório Técnico” a ser apresentado no momento do pedido de Outorga Uso dos Recursos Hídricos destinados à atividade de aquicultura, juntamente com FORMULÁRIO TÉCNICO F que trata da captação de Água Superficial para Aquicultura. Os demais documentos necessários para a solicitação de outorga estão definidos na instrução normativa nº 003/03/2014 – SEMAS.

Dúvidas podem ser tiradas pelos telefones: 3184-3374 – GEOUT/SEMAS; 4006-1295 /1274 CDAQ/SEDAP ou pelo email: geocont@yahoo.com.br.


Banco do Povo financia projetos de R$ 300 a R$ 10 mil


Rondônia (RO) - O presidente do Banco do Povo, Manoel Serra, confirmou a liberação de recursos para pequenos e micros negócios durante a 5ª Rondônia Rural Show. A instituição estará presente ao parque Hermínio Victorelli recebendo propostas de crédito.

Com 27 escritórios espalhados pelo estado, o Banco do Povo, segundo Serra, desde o início do mês, vem recebendo propostas para liberação de crédito. Quanto mais projetos, afirma o executivo, mais dinheiro o banco vai colocar na economia regional.

“Não temos um valor fixo de quanto vamos disponibilizar para a feira; vai depender da demanda. Quanto mais propostas, mais dinheiro circulando, porque o Banco do Povo tem dinheiro para financiar o micro negócio”, garantiu Manoel Serra.

Serra explicou que a linha de financiamento do Banco atende proposta com o valor mínimo de R$ 300 até investimentos na ordem de R$ 10 mil. Especificamente para a Rondônia Rural Show, o Banco do Povo tem linha de créditos especiais para investimentos na piscicultura, apicultura, hortas e agricultura familiar.

A instituição se destaca ainda no mercado, por financiar micro empreendedores que começam pelo mercado informal, e ao longo do tempo, graças aos créditos liberados pela instituição, migram para o mercado formal.


quinta-feira, 19 de maio de 2016

1ª Reunião da Câmara Setorial da Aquicultura discutiu, importação predatória e licenças ambientais

Reunião realizada ontem (18/05), em Brasília. Câmara é presidida por Eduardo Amorim, presidente da Associação Brasileira da Piscicultura (PEIXE BR)


Brasília (DF) O burocrático passo a passo para a obtenção de licenças ambientais para projetos de piscicultura e a preocupação com a importação predatória de peixes, especialmente de países asiáticos, são os principais temas da 1ª reunião da Câmara Setorial da Aquicultura.

“Licenças ambientais e importação de peixes impactam diretamente no desenvolvimento da piscicultura brasileira. A morosidade do processo de obtenção das licenças e a entrada no país, com subsídios, de peixes de qualidade duvidosa, com elevados teores de resíduos e metais pesados, e com o risco de trazer doenças que podem causar grandes prejuízos, precisam ser equacionadas para possibilitar a sobrevivência de uma atividade que movimenta R$ 4 bilhões por ano, emprega 1 milhão de pessoas e produziu 685 mil toneladas de peixes cultivados no ano passado”, ressalta Eduardo Amorim, presidente da Câmara Setorial da Aquicultura e da Associação Brasileira da Piscicultura, entidade que representa cerca de 50% da atividade no país.

A Câmara Setorial da Aquicultura, criada no âmbito do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), reúne representantes do governo e do setor privado. Sua atribuição básica é a análise do cenário da cadeia produtiva, propondo medidas para fortalecê-la, seja no aprimoramento da legislação ou em aspectos econômicos. “A participação não apenas da iniciativa privada mas também de órgãos públicos, como o BNDES e o MDIC, dão a dimensão da importância da Câmara para o encaminhamento de soluções que contribuam para o contínuo crescimento da aquicultura nacional”, ressalta Eduardo Amorim.

domingo, 15 de maio de 2016

Brasil pode ser autossuficiente e grande exportador de pescado, diz presidente da Embrapa

O presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Maurício Lopes, disse, que o Brasil pode ser autossuficiente em pescado, além de se tornar um importante exportador do produto


Tocantins (TO) - Para ele, um dos diferenciais da produção aquícola brasileira está no fato do país deter 12% das reservas de água doce do mundo.

“O Brasil tem condições de se tornar autossuficiente em pescado e, mais do que isso, aproveitar a grande riqueza e a grande diversidade aquícola do nosso país e se tornar um grande exportador de pescado para o mundo”, disse Lopes, em entrevista à TV NBR, emissora oficial do governo federal.

Maurício Lopes fez as declarações em Palmas (TO), onde o governo federal inaugura a sede da Embrapa Aquicultura e Pesca, unidade criada em 2009. O investimento, de acordo com o Ministério da Agricultura (Mapa) foi de R$ 80 milhões. Para Maurício Lopes, a unidade é fundamental para o desenvolvimento e a pesquisa no setor.

“O Brasil é muito rico em águas, muito rico em diversidade biológica. Temos espécies que são muito próprias. Essa unidade dará oportunidade de, usando a melhor ciência disponível, tornar essa riqueza brasileira em progresso”, afirmou.

Entreposto Móvel

O presidente da Embrapa falou também sobre o Entreposto Móvel de Pescado, um caminhão frigorífico que possibilita o beneficiamento da produção. De acordo com a empresa, a ideia da tecnologia é favorecer o processamento do produto com redução de custos para o produtor. Lopes disse que, em função do tamanho e da diversidade brasileira, é melhor opção ter uma estrutura itinerante de processamento de pescado.

“Esse entreposto vai até onde o peixe é produzido. Pode fazer um rodeio nas áreas onde o pescado está sendo produzido, processando in loco o peixe, a carne e facilitando a vida dos produtores. E não é preciso fazer um investimento gigantesco em infraestrutura para garantir a agregação de valor ao seu produto”, disse Lopes.

FAO abre inscrições para curso sobre gestão responsável da terra, florestas e recursos pesqueiros

Até 23 de maio, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) recebe inscrições para um novo curso sobre gestão responsável da terra, das florestas e da pesca. A iniciativa, prevista para ocorrer nos meses de junho e julho, é online e semipresencial, com quatro semanas à distância e três dias de encontros em Antigua, na Guatemala.

Todos os custos do curso para os participantes — incluindo matrícula, viagem, deslocamentos, hospedagem e alimentação — serão financiados pela Cooperação Internacional do Reino Unido.
A iniciativa é voltada para funcionários e técnicos de instituições governamentais e da sociedade civil que trabalham na execução de políticas e programas de gestão sustentável de recursos naturais. O curso pode ser realizado por nacionais de Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guatemala, México e Peru.
Com a capacitação, a FAO espera fortalecer a capacidade institucional de organismos estatais e da sociedade civil para aprimorar a governança da terra, das florestas e da pesca, promovendo a segurança alimentar o desenvolvimento sustentável.
As aulas estão alinhadas a diretrizes específicas sobre esses temas elaboradas pela agência da ONU, que busca aumentar sua aplicação na América Latina. Os princípios da FAO buscam garantir a igualdade no acesso a recursos naturais e estabelecer padrões para a promoção dos direitos de propriedade e manejo responsáveis da natureza — o que pode contribuir para o combate à pobreza e à fome.
Curso
Duração: 4 semanas à distância e 3 dias presenciais;
Fase à distância: 6 de junho a 10 de julho de 2016;
Fase presencial: 18 a 20 de julho, no Centro de Formação da Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento AECID em Antígua, na Guatemala.

Governo de MT lança programa de incentivo a cadeia do Pirarucu

O evento será realizado durante a 8ª Dinâmica de Empreendimentos e Empreendedores, em Porto Alegre do Norte, com a presença do governador Pedro Taques


Mato Grosso (MT) - O Governo do Estado lançou o Pró-Pirarucu, projeto de incentivo a cadeia do Pirarucu em cativeiro em Mato Grosso. O evento será realizado durante a 8ª Dinâmica de Empreendimentos e Empreendedores, em Porto Alegre do Norte, com a presença do governador Pedro Taques.

O projeto foi elaborado por técnicos da Secretaria de Estado de Agricultura Familiar e Assuntos Fundiários (Seaf) e Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer). “Buscamos a boa experiência desta cadeia em Rondônia e vejo que em Mato Grosso há potencial na região do Araguaia. Pirarucu é o peixe do futuro, cresce rápido, possuí carne branca, sem espinhos, apreciada na gastronomia e pode ser rentável para o pequeno produtor”, comentou o secretário Suelme Fernandes.

O médico veterinário da Seaf e um dos coordenadores do projeto Pirarucu em Mato Grosso, Jair Albuquerque, comenta que o objetivo é difundir tecnologias e práticas de manejo do pirarucu para criação em cativeiro e conservação da espécie no seu habitat natural. Serão instaladas Unidades de Referência Tecnológica (URTs) para capacitação de piscicultores, técnicos, formação de mão de obra e divulgação da atividade.

Na região Araguaia, será construído um centro de produção de alevinos. Serão executados dois projetos: o tanque elevado com alta concentração de peixe por metro quadrado de lâmina d’água, visitado no Estado de Rondônia que cria em cativeiro e tem legislação própria para o cultivo; e em tanques tradicionais.

Durante o lançamento do Pró-Pirarucu, o engenheiro de pesca da Secretaria de Agricultura de Rondônia, Elisafan Sales, ministrará palestra sobre a criação do pirarucu em seu estado.

Entregas de equipamentos

Durante a passagem do Governo do Estado por Porto Alegre do Norte, a Seaf entregará equipamentos agrícolas que irão beneficiar os pequenos produtores de cinco municípios da região. “Estamos estruturando os municípios do interior, para que o atendimento, a tecnologia e a assistência técnica possam chegar na ponta e atender o agricultor familiar”, comentou Suelme Fernandes.

Além de uma caminhonete que será cedida a Empaer pela Assembleia Legislativa para fortalecer o atendimento de campo e o projeto de incentivo a cadeia do Pirarucu, a Seaf irá entregar seis resfriadores de leite de 1.000 e 2.000 litros para as secretarias municipais de agricultura de Confresa, Santa Terezinha, São José do Xingu, Porto Alegre do Norte e Santa Cruz do Xingu.

Aquicultura na China está entrando em fase de saturação, diz especialista


CHINA (CHN) - A pesca industrial não cresce há anos e a aquicultura na China está entrando em um estágio de saturação, com o que a indústria processadora diminui seu ritmo de atividade. Essa é a avaliação do Dr. He Cui, vice-presidente da entidade que representa o setor de produção de pescado no gigante asiático (China Aquatic Product Processing and Marketing Alliance – CAPPMA).

A China permanece como o maior produtor de pescado do mundo, com mais de 60 milhões de toneladas produzidas anualmente, além de deter o maior fluxo de comércio do segmento e os maiores índices de consumo. Mas a redução do ritmo da atividade econômica naquele país está alterando a situação. “As importações e exportações de produtos aquáticos tiveram crescimento negativo em 2015 pela primeira vez depois de 17 anos de crescimento contínuo”, diz o Dr. Cui.

Para o especialista, a transformação e modernização da indústria aquícola e pesqueira da China se tornou uma escolha inevitável para o futuro, com maior atenção à sustentabilidade. “O governo chinês coloca a construção de uma civilização ecológica e a proteção ambiental com um peso que não tem precedentes.”

A pesca industrial segue em redução (representa em torno de 26% da produção de pescado), o que vai diminuir a dependência e pressão nos recursos marinhos. Os alvos da transformação incluem: aumento das cotações das commodities marinhas e maior lucro aos pescadores.

Já do lado da aquicultura (em torno de 74% da produção), os módulos tradicionais de cultivo estão se transformando em um modelo “mais ecológico”, segundo ele. De fato, em novembro de 2015, pela primeira vez uma fazenda chinesa de tilápias recebeu a certificação da ASC (Aquaculture Stewardship Certification).

Nos próximos 5 a 10 anos, a participação da aquicultura deve crescer para cerca de 80% da produção total de pescado. “O tradicional estilo de fazenda extensiva chegou a um beco sem saída. O modo de alta produção com baixa eficiência já não é mais encorajado. A aquicultura vai e já está se tornando mais ecológica, de alta qualidade e na direção da sustentabilidade”, diz o Dr. Cui.

Enquanto isso, a indústria de transformação, que havia se programado para aumentar a capacidade de processamento viu uma diminuição da disponibilidade de matéria-prima. “Os negócios privados ainda tem dificuldades em obter empréstimos, enquanto o custo da mão de obra continua a crescer todos os anos. A transformação do setor passa por atender à enorme demanda doméstica, mudança da demanda por rendimento para qualidade e mudar os canais de distribuição no exterior para mercados de baixo poder aquisitivo.”

Crédito da Foto: FAO/ONU.


Peixe BR pleitea atenção à piscicultura ao novo ministro Blairo Maggi

A Peixe BR , entidade representativa da cadeia produtiva da piscicultura no Brasil, enviou ofício ao novo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Blairo Maggi, solicitando a escolha de um profissional que conhece a atividade para a secretária de Pesca e Aquicultura. “Esperamos que esse importante cargo seja ocupado por profissional da Aquicultura, que tenha visão moderna sobre os caminhos que nossa atividade deve seguir para ocupar, de fato, lugar de destaque no agronegócio brasileiro”, ressaltou Eduardo Amorim, presidente da entidade.

Segundo Amorim, a PEIXE BR representa 50% da produção nacional de peixes oriundos da piscicultura e 65% da produção  brasileira de ração para peixes. “Nos últimos anos, o setor tem crescido a uma velocidade de 15% ao ano com produção, em 2015, de 638.000 toneladas”, informou o dirigente.

Esta produção gerou renda primária de R$ 4.708.000,00. “Para continuidade e incremento do desenvolvimento da Piscicultura brasileira, necessitamos de pilares sólidos para a atividade se manter sustentável”, ressaltou Eduardo Amorim.

Além de um profissional para a Secretaria de Aquicultura e Pesca, a PEIXE BR também pede atenção do novo titular do MAPA para a Simplificação dos Licenciamentos Ambientais, Celeridade nas análises e Liberação de áreas aquícolas da União, Campanha do Peixe Brasileiro criado e cultivado em tanques e atenção à Importação Predatória.
Ministro Blairo Maggi.

SENAR quer intensificar ações na cadeia da piscicultura no Acre


ACRE (AC) - O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) no Acre quer intensificar as ações na cadeia da piscicultura no estado. Para isso, já desenvolveu um trabalho de capacitação para produtores do Complexo Peixes da Amazônia S/A e pretende levar a metodologia de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) também para os produtores do setor. Quem conta é o superintendente do SENAR Acre, Mauro Marcello Gomes de Oliveira. Ele, a chefe do Departamento de Educação Profissional e Promoção Social (DEPPS) do SENAR Brasil, Andréa Barbosa, a chefe de gabinete, Andreia Carvalho, e as assessoras técnicas Ilcilene Andrade e Andreia Regina visitaram o complexo na última semana.

“A piscicultura é uma das cadeias mais fortes no estado e temos um dos complexos mais modernos do País. O SENAR tem participação nisso e iremos intensificar nossas atividades no setor porque queremos que a cadeia se desenvolva cada vez mais,” afirma o superintendente. “No início da instalação e planejamento da empresa, o SENAR atuou na realização de cursos de formação profissional para produtores que abasteceriam o complexo, principalmente na área de criação e manejo de peixes“, ressalta o superintendente.


Mauro Oliveira explica que o SENAR Acre pretende realizar um trabalho mais efetivo com os piscicultores que abastecem o complexo, especialmente para ajudar na padronização dos peixes entregues. “Nossa intenção é atender o exigente mercado dos grandes centros do País e do exterior. Por isso, estudamos a viabilidade de adotar a ATeG do SENAR Brasil para essa área.”

Para a chefe do DEPPS, o Acre tem mostrado grande potencial para ampliar suas ações de Formação Profissional Rural (FPR), não apenas na bovinocultura de corte, mas também em piscicultura e grãos. “O SENAR tem uma equipe qualificada e comprometida em prestar um ótimo serviço para o setor rural”, ressalta Andréa Barbosa.


A Peixes da Amazônia é uma sociedade anônima instalada em uma área de 63 hectares, resultado de uma parceria entre o Governo do Estado, fundos de investimento e produtores rurais. O complexo é composto por uma moderna central de alevinos, frigorífico capaz de processar 70 toneladas/dia e fábrica de ração especializada em peixe carnívoros (primeira do Brasil). Na composição do conselho da Peixes da Amazônia, há a participação de aproximadamente 300 piscicultores reunidos em cooperativa.


quarta-feira, 11 de maio de 2016

Noruega cria mais peixes que a UE inteira

A aquicultura da Noruega, principalmente o salmão, aumentou 2,5 vezes nos últimos 15 anos, atingindo produção anual de 1,25 mil de toneladas


Noruega (NOR) - O relatório estatístico recentemente publicado da UE sobre agricultura, silvicultura e pesca para 2015 contém dados sobre quase todos os aspectos da agricultura da UE, e a maior parte deles é um pouco surpreendente. Uma estatística merece ser apontada: nomeadamente, o desenvolvimento da pesca da UE nos últimos 15 anos. 

Os números mostram que o volume das capturas totais de peixes selvagens pelos países da UE diminuiu em 2000-2013 em 24 por cento (gráfico 1). Os quatro países da UE mais fortes na pesca foram a Espanha, Reino Unido, Dinamarca e França. Vale a pena notar que as capturas da Noruega e da Islândia, que não são membros da UE, foram cada uma maior do que a de qualquer país da UE. Juntos, eles capturaram 3,3 milhões de toneladas em 2013, em comparação com 4,8 milhões de toneladas para toda a UE. 


Nenhuma explicação é dada para o declínio na quantidade de peixe capturado pela pesca na UE. Podemos supor, porém, que isso seja devido a quotas reduzidas, que por sua vez refletem o crescente esgotamento dos recursos haliêuticos. 

Como já relatamos anteriormente, a aquicultura está crescendo fortemente em todo o mundo, e estima-se que a sua produção tenha atingido a quantidade de peixes selvagens capturados em 2015, ultrapassando-a no ano corrente. Mas esse não é o caso na UE. A produção aquícola da UE totalizou 1,2 milhão de toneladas em 2013, um declínio de 16 por cento em comparação ao ano de 2000. Os países com maior produção são a Espanha, a França e o Reino Unido, cada um com cerca de 0,2 milhão de toneladas. 

Mais uma vez, nenhuma razão é dada para o declínio. Mas o fato de que 130 espécies diferentes foram produzidas, das quais 30 por cento são mexilhões-do-mediterrâneo e mexilhões-azuis, 15 por cento são salmão-do-atlântico e mais 15% são trutas, aponta para uma estrutura de produção em pequena escala, o que torna difícil ser competitivo. 

Por outro lado, a Noruega está tendo um sucesso espetacular concentrando-se em apenas uma espécie, o salmão-do-atlântico. Sua produção aquícola aumentou 2,5 vezes, de 0,5 milhão de toneladas em 2000 para 1,25 milhão de toneladas em 2013. Assim, ela ultrapassou a produção total da aquicultura da UE (gráfico 2). 


A criação de salmão é feita na Noruega em escala industrial, por empresas que podem levantar capital nos mercados. Isso torna possível que seus produtores se mantenham competitivos, apesar dos custos trabalhistas elevados da Noruega. Outro fator é a inovação. Por exemplo, a Salmar, um dos grandes produtores da Noruega, está atualmente explorando, com o apoio do governo, a opção de criar o salmão em gaiolas fixadas em águas profundas. Se bem-sucedido, isso tornaria possível aumentar até dez vezes mais salmão por gaiola, como acontece nas áreas de reprodução em águas costeiras. 



Para mais informações acesse o relatório.


terça-feira, 10 de maio de 2016

Primeiro aluno apresenta trabalho de conclusão de curso técnico em Aquicultura

O trabalho de conclusão de curso (TCC) foi uma exposição das atividades desenvolvidas durante o estágio nas instalações complementares aquícolas do IFRR-CAM

Genilson Tabosa Wanderley, 24 anos, se torna o primeiro
aluno a concluir o curso de Aquicultura do Campus Amajari.
Roraima (RR) - Na última sexta-feira (06/05), Genilson Tabosa Wanderley, foi o primeiro aluno a apresentar o relatório de conclusão de curso Técnico em Aquicultura do Campus Amajari do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima (IFRR-CAM). O trabalho de conclusão de curso (TCC) foi uma exposição das atividades desenvolvidas durante o estágio nas instalações complementares aquícolas do IFRR-CAM.

Entre as atividades, o estudante testou três tipos de rações para saber qual era a mais adequada para a engorda de alevinos, realizou manejo e manutenção de estruturas para a criação aquícola e o aproveitamento de recursos provenientes de outras criações (aves e ovinos), em sistema de produção integrada.

Uma das conclusões a que chegou foi a de que a ração mais adequada é a extrusada, por ser um tipo com mais proteína. A conclusão teve como base a engorda e o crescimento. “A ração não afunda logo quando a gente a joga na água. Ela passa umas doze horas flutuando. As outras afundam e criam fungos, bactérias, parasitas, causando doenças nos peixes”, disse Tabosa.

O sentimento de apresentar o trabalho e concluir o segundo curso técnico pelo IFRR no Amajari foi de satisfação. Agora, como técnico em aquicultura, tem planos de montar uma estrutura de criação de peixe na Comunidade Indígena de Ananás, local em que reside sua família.

Para ele, o criadouro tem tudo para dar certo, uma vez que na localidade tem apenas o peixe tirado do rio, e o curso proporcionou conhecimentos teóricos e práticos para ele desenvolver o projeto. “Minha ideia é essa, né, e envolver as pessoas de lá para repassar o que aprendi durante o curso de Aquicultura”, afirmou.

A curiosidade de aprender mais sobre alevinos surgiu de um curso do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Empregos (Pronatec) sobre Piscicultura. Segundo ele, apesar de ter sido importante a capacitação, ainda ficou curioso de saber como tirar filé do peixe, quais os tipos de rações, como eram os tanques escavados, entre outras. A curiosidade foi aliada ao oferecimento do curso Técnico em Aquicultura pelo Campus Amajari, que teve início no segundo semestre de 2014.

CURSO

Com duração de 1.250 horas, o curso Técnico em Aquicultura forma profissionais para o desempenho de atividades relativas ao cultivo e ao manejo de organismos aquáticos. A intenção é promover o desenvolvimento de uma aquicultura sustentável por meio da formação de técnicos qualificados para atuarem conforme as realidades locais e as aptidões dos ambientes naturais.

O técnico formado estará habilitado para atuar em instituições públicas e privadas do setor aquícola, empresas de beneficiamento de pescado, laboratório de reprodução, larvicultura e engorda. Também poderá prestar serviços de auxílio em diversas áreas como Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca, atuando em pesquisa, produção, fiscalização, extensão, gestão e planejamento dos segmentos da tecnologia do pescado e da aquicultura, ou trabalhar de forma autônoma como empreendedor.

segunda-feira, 9 de maio de 2016

V Jornada Acadêmica em Ecologia Aquática e Pesca



O Programa de Pós-Graduação em Ecologia Aquática e Pesca (PPGEAP) estará promovendo, no próximo dia 30 de maio de 2016, a V Jornada Acadêmica em Ecologia Aquática e Pesca. O evento é destinado aos alunos de graduação, pós-graduação e comunidade não universitária interessada na temática. A programação contará com a Palestra Magna: "Muito além dos números e dos indicadores de produção: competição ética e um novo modelo de formação científica do Brasil", a ser ministrada pelo Prof. Dr. Paulo da Cunha Lana (Centro de Estudos do Mar - UFPR), além de proporcionar um momento para que os discentes do PPGEAP apresentarem o resultado de seus trabalhos, através de uma linguagem simples e educativa, buscando despertar o interesse do público em geral para Ecologia Aquática e Pesca.

INSCRIÇÕES GRATUITAS ATÉ 23 DE MAIO! ENVIE EMAIL PARA: JORNADAPPGEAP@GMAIL.COM

domingo, 8 de maio de 2016

Embrapa inaugura sede da divisão de aquicultura e pesca

Cerimônia deve ter também assinatura da criação da Agência Matopiba

Nova sede da Embrapa Aquicultura e Pesca, em Palmas (TO) (Foto: Divulgação/Embrapa).
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) inaugurou ontem (07/05), a sede própria da divisão de Aquicultura e Pesca, no município de Palmas, capital de Tocantins. De acordo com o Ministério da Agricultura (Mapa), os investimentos na unidade foram de R$ 80 milhões.

A cerimônia contou com a participação da presidente, Dilma Rousseff, onde foram apresentados trabalhos desenvolvidos pela unidade, que foi criada em 2009 para desenvolver pesquisa tanto de abrangência nacional quanto as voltadas para a região do Matopiba (confluência entre os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia).

Durante a inauguração da sede da Embrapa Aquicultura e Pesca, presidente conheceu trabalho de pesquisa da empresa (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR).
“Será uma referência nacional na área”, acredita a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, que também deve participar da inauguração da nova sede. “Assinaremos também cooperação do Mapa, Embrapa e BNDES de R$ 50 milhões em pesquisa de aquicultura e pesca”, informou Katia, via Twitter.

Agência Matopiba

Também via Twitter, Kátia Abreu informou que a presidente Dilma Rousseff assina o projeto de lei que cria a chamada Agência Matopiba. Ressaltou que já está sendo criado o chamado Plano Diretor do Matopiba, em parceria com a consultoria norte-americana BCG (Boston Consulting Group).

De acordo com números divulgados pela Secretaria da Agricultura de Tocantins, a produção de grãos na região aumentou 400% nos últimos 20 anos e já corresponde a 10% da safra brasileira. O PIB agropecuário da região é de R$ 1,3 trilhão.

Governo federal atende reivindicação paranaense e amplia linha de crédito para piscicultores

O aumento de R$ 150 mil para R$ 330 mil foi incluído pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) no Plano Safra para a Agricultura 2016/2017

Piscicultura no Oeste do Paraná. Foto: www. cascavel.portaldacidade.com.
A presidente Dilma Rousseff anunciou, na tarde de terça-feira (03/05), no Palácio do Planalto, em Brasília, a ampliação de mais de 100% na linha de crédito oferecida aos produtores de pescado – uma reivindicação do Programa Oeste em Desenvolvimento (POD), que tem o objetivo promover o desenvolvimento econômico do Oeste do Paraná. O aumento de R$ 150 mil para R$ 330 mil, por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), foi incluído pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) no Plano Safra para a Agricultura 2016/2017.

Segundo o Delegado do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) no Paraná, Reni Denardi, o aumento é resultado de um pedido feito por ofício, endereçado ao ministro do MDA, Patrus Ananias, entregue pela Câmara de Pescado do POD, no início de fevereiro, durante o Show Rural, em Cascavel (PR).

“É uma conquista muito grande para a cadeia produtiva de peixe na região, pois enquanto outras cadeias produtivas da cadeia animal, como aves e suínos, podiam solicitar empréstimos com juros subsidiados de até R$ 300 mil para investimentos, as de pescado tinham um limite máximo de R$ 150 mil”, disse Jonhey Nazário Lucizani, representante do Parque Tecnológico Itaipu no POD.

Para o coordenador da Câmara do Peixe, Maurício Luiz Kosinski, esses recursos serão de extrema importância para o desenvolvimento da piscicultura, não só no Oeste do Paraná, mas em todo o Brasil. “Muitos produtores tinham interesse em profissionalizar a atividade, mas ficavam impedidos por falta de incentivo financeiro. Agora, isso já não é mais problema”, afirmou.

Mais recursos

Denardi afirmou que, no Plano Safra 2016/2017, os piscicultores poderão, dentro do Pronaf Custeio, solicitar empréstimos de até R$ 250 mil por mutuário no ano-safra, com juros de apenas 2,5% ao ano.

Se o valor for utilizado para investimento, dentro do “Mais Alimentos”, os produtores de pescado poderão pedir empréstimos anual de até R$ 330 mil, com juros de 5,5% ao ano.

Crescimento

Apesara de ser considerada a “caçula” do Oeste do Paraná, a cadeia do pescado está em plena expansão. Segundo dados do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, a expectativa é que em 2016 a cadeia cresça 22% no Paraná, superando a meta nacional, de 15%.

Os maiores produtores estão no Oeste do Estado. O principal destino dos peixes são 18 frigoríficos de pequeno, médio e grande porte em atividade na região, que compram 80% da produção dos piscicultores. Os 20% restantes são vendidos para outros estados, como São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Oeste em Desenvolvimento

Lançado em 2014, o Programa Oeste em Desenvolvimento é uma iniciativa que une mais de 40 instituições – como Itaipu Binacional, Parque Tecnológico de Itaipu (PTI), Sebrae/PR, Sistema Cooperativo, Caciopar, Amop, Emater e Fiep.

O programa tem como objetivo promover o desenvolvimento econômico do Oeste do Paraná por meio de ações integradas, com foco nas potencialidades regionais.

As principais áreas de atuação são infraestrutura e logística, pesquisa e desenvolvimento, crédito e fomento, capital social e cooperação, e energias limpas e renováveis.